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LEITURAS DO LECIONÁRIO REFORMADO PARA O 25º DOMINGO APÓS PENTECOSTES (32º DO TEMPO COMUM), 11 DE novembro DE 2018ANO B, COR LITÚRGICA: VERDE.







Antigo Testamento: Rute 3.1-5; 4.13-17

Salmo 127 ou 1Reis 17.8-16 ou Salmo 146

Epístola: Hebreus 9.24-28

Evangelho: Marcos 12.38-44


"ENTÃO JESUS CHAMOU OS SEUS DISCÍPULOS, E DISSE: 'EU GARANTO A VOCÊS: ESSA VIÚVA POBRE DEPOSITOU MAIS DO QUE TODOS OS OUTROS QUE DEPOSITARAM MOEDAS NO TESOURO'." (Marcos 12.43)

(*) Temos, aí, um caso em que a matemática não é uma ciência exata. A conta a se fazer é outra e envolve muito mais coração e avaliação de sentimento e entrega que somente pode ser medidos, eficazmente, por Jesus Cristo, aquele que escrutina todo o nosso ser. O Evangelho sempre vem apropriadamente ao nosso encontro. Temos muita gente que advoga em favor da entrega de dízimo como uma ciência exata, evocando os famosos dez porcento bíblicos. Todavia, a Bíblia, por meio das cartas do apóstolo Paulo, também orienta que "cada um contribua segundo o que está proposto no seu coração". Na minha humilde interpretação, creio que se, por algum acaso, não estiver nada no seu coração com relação a isso, não dê nada. Nem mesmo para fazer teatro para aqueles que o rodeiam. É logico, notem, fazer esse teatro funciona para que as pessoas admirem suas ações e considerem-no um "religioso" próximo da perfeição. Todavia, aquele que escrutina nosso coração saberá o seu intento e, cedo ou tarde, mostrará a realidade. Com isso, entendemos que dar muito daquilo que sobra será importante para quem recebe (especialmente aqueles que achacam o povo de Deus para que recebam os benefícios para si próprios, sim, esses que "exploram viúvas e roubam suas casas, e para disfarçar fazem longas orações" (v. 40), mas é atitude que pode ser vista por Deus como bem menos do que a ação da viúva pobre. Notem que, na matemática dos que observam as cifras do dinheiro (atitude que podemos aproximar de Mammon), dez porcento é igual para todos. E de forma exata temos que concordar com isso. Entretanto, se imaginarmos o "sacrifício" que é feito por quem entrega 80 de 800 (aqueles que pagam remédios caros, alimento, contas de consumo, impostos, transporte etc.), em comparação à entrega de 2 mil de quem recebe 20 mil (lembrando que lhe sobram 18 mil), não sei se todos alcançarão esse ato de depositar "tudo o que se possui para viver". Quero deixar claro que as igrejas precisam das contribuições dos seus membros para se sustentarem e para custearem o trabalho de seus obreiros. Creio que cada pessoa deveria, em início de exercícios financeiros das agremiações eclesiásticas, mostrar sua cota de contribuição mensal. Ela não é limitada aos dez porcento, mas também não se deve exigir que haja essa obrigação. "Segundo o que está proposto no seu coração" é a orientação. E é obrigação da liderança da igreja (comandada pelo trabalho diaconal) observar se não há alguém passando necessidades para fazer seus "sacrifícios". Não estamos em uma barganha com o Todo-Amor, e também não queremos que nossa comunidade de fé passe necessidade, mas se estabeleça dentro dos padrões dos irmãos e irmãs que congregam. Em todo caso, é bom ter em mente que o sacrifício de cada um é medido pelo próprio Espírito Santo de Deus no coração daqueles que ofertam. Sabendo que, como membros de uma igreja também instituição, somos responsáveis pela sua saúde financeira. No tocante ao nosso desprendimento para com Deus e nossas ofertas, usemos nosso coração e sabedoria. Até porque, há aqueles que usam de seu conhecimento, de suas posições (os primeiros lugares), de vestimentas opulentas e de banquetes para coletarem cada vez mais para si mesmos. A intenção, na verdade, daqueles que lideram a comunidade de fé é cuidar do bom funcionamento da casa de Deus e da administração de um bem que serve para o proveito de todos e do cuidado para com os que estão necessitando, além dos projetos que trabalhem em prol da divulgação do Reino do Todo-Amor. Assim, Deus nos oriente. Afinal, Deus ama a quem dá com alegria.... sem chantagem, com sabedoria, com responsabilidade, com amor no coração.

Animus Donandi!


LEITURAS DEVOCIONAIS
DOMINGO (11nov)
Salmo matutino: 19; 150
Salmo vespertino: 81; 113
Antigo Testamento: Joel 1.1-13
Epístola: 1Coríntios 14.1-12
Evangelho: Mateus 20.1-16

SEGUNDA-FEIRA (12nov)
Salmo matutino: 135; 145
Salmo vespertino: 97; 112
Antigo Testamento: Joel 1.1-13 ou Joel 1.15 - 2.2
Epístola: Apocalipse 18.15-24
Evangelho: Lucas 14.12-24

TERÇA-FEIRA (13nov)
Salmo matutino: 123; 146
Salmo vespertino: 30; 86
Antigo Testamento: Joel 1.15 - 2.2 (3-11) ou Joel 2.3-11
Epístola: Apocalipse 19.1-10
Evangelho: Lucas 14.25-35

QUARTA-FEIRA (14nov)
Salmo matutino: 15; 147.1-11
Salmo vespertino: 48; 4
Antigo Testamento: Joel 2.12-19
Epístola: Apocalipse 19.11-21
Evangelho: Lucas 15.1-10

QUINTA-FEIRA (15nov)
Salmo matutino: 36; 147,12-20
Salmo vespertino: 80; 27
Antigo Testamento: Joel 2.21-27
Epístola: Tiago 1.1-15
Evangelho: Lucas 15.1-2,11-32

SEXTA-FEIRA (16nov)
Salmo matutino: 130; 148
Salmo vespertino: 32; 139
Antigo Testamento: Joel 2.28 - 3.8
Epístola: Tiago 1.16-27
Evangelho: Lucas 16.1-9

SÁBADO (17nov)
Salmo matutino: 56; 149
Salmo vespertino: 118; 111
Antigo Testamento: Joel 3.9-17
Epístola: Tiago 2.1-13
Evangelho: Lucas 16.10-17 (18)


Publicado toda quinta-feira (ou perto disso) por aqui e no Twitter @revsandroxavier.


Imagem: Internet. Sem indicação de autor.

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A   p e s c a   m a r a v i l h o s a Pesca milagrosa Sinto-me como Teófilo, o excelentíssimo. Assim chamado pelo evangelista Lucas, companheiro de longos caminhos ao lado do apóstolo Paulo, de quem ouviu sobre Jesus e foi designado que servisse a Teófilo fornecendo a ele uma “narração coordenada dos fatos que entre nós se realizaram, conforme nos transmitiram os que desde o princípio foram deles testemunhas oculares e ministros da palavra” (Lucas 1.1b-2). Isso diante do rico privilégio de ser abençoado pelo Espírito Santo, que se utilizou dessa narrativa a que inspirou por meio desses privilegiados que vivenciaram cada um dos testemunhos ali narrados. É com essa sensação que observo, ao mergulhar no texto, o cenário desenvolvido pela narrativa. Segundo Lucas, Jesus havia debandado para os lados de Genesaré, após quase ser lançado do cimo do monte de Nazaré, sua cidade de origem. Jesus agora se encontra entre os pescadores, homens simples que, de forma árdua, tr