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Leituras para o 8º Domingo Pós-Pentecostes 2021 (16ºDTC) - Ano B

LEITURAS DO LECIONÁRIO REFORMADO PARA O 8º DOMINGO APÓS PENTECOSTES (16º DTC) - ANO B - 18 DE JULHO DE 2021, COR LITÚRGICA: VERDE



    
Antigo Testamento: 2Samuel 7.1-14a

Salmo 89.20-37 ou Jeremias 23.1-6 ou Salmo 23

Epístola: Efésios 2.11-22

Evangelho: Marcos 6.30-34,53-56


"MANTEREI O MEU AMOR(*) POR ELE PARA SEMPRE, E A MINHA ALIANÇA COM ELE JAMAIS SE QUEBRARÁ." (Salmo 89.28)

(*)Nas palavras do salmista, atribuídas ao próprio Deus, há um amor do Criador direcionado a Davi que pode servir de vários exemplos para nós. Percebemos que ele trata Davi como um servo, um combatente, um ungido e um líder do seu povo. Todos esses atributos são reconhecidos por Deus, entretanto, mais que isso, são estabelecidos pelo próprio Deus. Para que eles sejam cumpridos, Deus o colocará com proteção e capacidade para isso. Além disso, haverá também a cobrança para que isso tudo seja feito. Nesse sentido, apesar do que ele possa fazer pela sua vontade, há o que ele vai fazer pela escolha especial de Deus para si. Com isso tudo, Davi terá tarefas das quais não poderá fugir, entretanto, Deus lhe oferecerá todas as ferramentas necessárias para cumpri-las e terá, também, proteção suficiente. Isso tudo é resultado de um amor incondicional que Deus tinha para com o seu escolhido. Davi era útil para os planos eternos de Deus, mas também contava com esse amor eterno, que é comparado por Deus como uma "aliança que jamais se quebrará".
Jesus também, sendo o próprio Deus, não era somente um personagem tratado como escolhido, já que era o próprio Criador e Pai de Amor entre nós, mas tinha suas próprias prerrogativas, às quais não poderia fugir. No episódio do Evangelho de Marcos, ele busca um lugar calmo para descansar e para comer em paz. Entretanto, não lhe é possível porque o reconhecem e mantêm-se seguindo-o pelo caminho aonde quer que fosse. Jesus é levado a pastorear um povo que se sente abandonado, precisando de cuidados, de se sentir importante para alguém e de ser direcionado. Além disso, pessoas se lembram dele quando estão assoladas pela doença, com esperança de que ele mesmo lhes ofereça alívio para suas dores. Notemos que Jesus Cristo precisa de momentos de tranquilidade, especialmente para descansar e para comer, não somente para ele mesmo, mas também para os discípulos que lhe acompanhavam no caminho e na missão. Apesar disso, ele não se nega a atender as pessoas que estão rogando por um cuidado e uma atenção especial. Assim é a vida de Jesus como pastor. Assim é a vida do líder amado e escolhido por Deus, como Davi, que batalhava em defesa do povo e liderava como rei, além de ser um servo que tinha uma vida de louvor a Deus.
Em nossa vida, especialmente nos trabalhos da igreja, somos levador a assumir tarefas complicadas e cansativas. Como uma representação do corpo de Cristo, e sabedores de nossas limitações humanas, afinal precisamos nos alimentar, descansar, trabalhar, cuidar de nossos parentes, de nossa própria saúde e necessidades, é importante que tenhamos uma consciência na organização dos nossos trabalhos. Saberemos que sempre teremos pessoas necessitadas se aproximando da igreja para pedir que ofereçamos algum cuidado, para além de orarmos ou darmos uma palavra. A igreja deve se preparar para esses momentos não somente com o coração, posto que qualquer pessoa munida de misericórdia o faz, mas ela deve se organizar de maneira sistemática para atender as pessoas, também, de acordo com as prerrogativas da sociedade em que ela está inserida. A igreja vai ser essa escolhida e amada por Deus, como Davi, mas também vai procurar lugares tranquilos e vai perceber que eles não existem, porque sua tarefa é grandiosa.
 
Fraterna Caritas est Dulcis!
(O amor entre irmãos é doce)


LEITURAS DEVOCIONAIS
DOMINGO (18jul)
Salmo matutino: 19; 150
Salmo vespertino: 81; 113
Antigo Testamento: 1Samuel 23.7-18
Epístola: Romanos 11.33 - 12.2
Evangelho: Mateus 25.14-30

SEGUNDA-FEIRA (19jul)
Salmo matutino: 135; 145
Salmo vespertino: 97; 112
Antigo Testamento: 1Samuel 24.1-22
Epístola: Atos 13.44-52
Evangelho: Marcos 4.1-20

TERÇA-FEIRA (20jul)
Salmo matutino: 123; 146
Salmo vespertino: 30; 86
Antigo Testamento: 1Samuel 25.1-22
Epístola: Atos 14.1-18
Evangelho: Marcos 4.21-34

QUARTA-FEIRA (21jul)
Salmo matutino: 15; 147.1-11
Salmo vespertino: 48; 4
Antigo Testamento: 1Samuel 25.23-44
Epístola: Atos 14.19-28
Evangelho: Marcos 4.35-41

QUINTA-FEIRA (22jul)
Salmo matutino: 36; 147.12-20
Salmo vespertino: 80; 27
Antigo Testamento: 1Samuel 28.3-20
Epístola: Atos 15.1-11
Evangelho: Marcos 5.1-20

SEXTA-FEIRA (23jul)
Salmo matutino: 130; 148
Salmo vespertino: 32; 139
Antigo Testamento: 1Samuel 31.1-13
Epístola: Atos 15.12-21
Evangelho: Marcos 5.21-43

SÁBADO (24jul)
Salmo matutino: 56; 149
Salmo vespertino: 118; 111
Antigo Testamento: 2Samuel 1.1-16
Epístola: Atos 15.22-35
Evangelho: Marcos 6.1-13

Publicado toda quinta-feira (ou perto disso) por aqui e no Twitter @revsandroxavier.

Imagem: Imagem no site da Aliança de Misericórdia. Sem indicação da autoria.

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A   p e s c a   m a r a v i l h o s a Pesca milagrosa Sinto-me como Teófilo, o excelentíssimo. Assim chamado pelo evangelista Lucas, companheiro de longos caminhos ao lado do apóstolo Paulo, de quem ouviu sobre Jesus e foi designado que servisse a Teófilo fornecendo a ele uma “narração coordenada dos fatos que entre nós se realizaram, conforme nos transmitiram os que desde o princípio foram deles testemunhas oculares e ministros da palavra” (Lucas 1.1b-2). Isso diante do rico privilégio de ser abençoado pelo Espírito Santo, que se utilizou dessa narrativa a que inspirou por meio desses privilegiados que vivenciaram cada um dos testemunhos ali narrados. É com essa sensação que observo, ao mergulhar no texto, o cenário desenvolvido pela narrativa. Segundo Lucas, Jesus havia debandado para os lados de Genesaré, após quase ser lançado do cimo do monte de Nazaré, sua cidade de origem. Jesus agora se encontra entre os pescadores, homens simples que, de forma árdua, tr