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Leituras para o 19º Domingo após Pentecostes 2020 (Ano A) - 28ºDTC

LEITURAS DO LECIONÁRIO REFORMADO PARA O 19º DOMINGO APÓS PENTECOSTES (28º DOMINGO DO TEMPO COMUM) - ANO A - 11 DE outubro DE 2020, COR LITÚRGICA: VERDE




Antigo Testamento: Êxodo 32.1-14

Salmo 106.1-6,19-23 ou Isaías 25.1-9 ou Salmo 23

Epístola: Filipenses 4.1-9

Evangelho: Mateus 22.1-14



"ELES TROCARAM SUA GLÓRIA PELA IMAGEM DE UM TOURO, COMEDOR DE CAPIM(*)." (Salmo 106.20)

(*)S
im. Nosso Deus é digno de toda honra e toda glória. Todos nós sabemos disso. Ao entendermos a natureza de Deus, podemos dizer que ele é bom e seu amor dura para sempre. Se aprendermos a colocar o Criador acima de tudo em nossas vidas, assim como Jesus nos ensinou, saberemos que seus propósitos têm como finalidade a organização de tudo que vive na sua criação. Por isso mesmo, o salmista nos convida a proclamar o louvor ao Eterno Pai de Amor por tudo que ele fez, faz e fará pelo seu povo. Da mesma forma, somos chamados a reconhecer, diante de Deus, nossas falhas, nossos pecados e nossas imperfeições. Não somente os nossos, mas daqueles que nos precederam e que formaram a nossa existência. Com essa solidariedade na maldade dos nossos antepassados, entendemos que podemos cometer injustiças e devemos estar atentos a cada momento das nossas vidas para não perpetuarmos a crueldade humana. Reconhecer erros e entender que nossas atitudes devem mudar em busca de uma nova e melhor convivência com o próximo e com Deus é uma dádiva que o Espírito Santo nos outorga. Com isso, somos convidados a estarmos atentos a que deus temos adorado. Nossos antepassados também adoraram o deus errado. Substituíram o Deus Criador, o Todo-Amor, por uma imagem de um animal comedor de capim, a quem puderam manipular e carregar pra um lado e pra outro. Se o deus que te convidam a adorar e admirar é assim, manipulável, saiba que esse não é o Deus Eterno, que fez maravilhas pelo seu povo, mas um impostor, manipulado por pessoas que querem, também, manipular você.
Jesus Cristo mesmo mostra que o povo chamado para adorar a Deus com seu conhecimento daquilo tudo de que ele é capaz de fazer por nós também pode vacilar. O mais significativo, profundo e revelador é que, na comparação da festa de casamento que ele faz em Mateus, vemos que o povo escolhido que não aceita o convite de Deus, do Deus Criador, será julgado e destruído. É importante entendermos que, após essa etapa, e é o que Jesus Cristo, Deus mesmo entre nós, vem explicar: o convite é estendido a todos que são preteridos, os habitantes das ruas, que não têm mesmo onde morar. Significa dizer que se trata de pessoas que não têm relação com tradição alguma, com povo nenhum. São pessoas como qualquer outra, esquecidas e abandonadas, inclusive. Entretanto, é bom salientar que todos, até esses últimos, devem apresentar-se para a festa da boda com dignidade. É necessário que também adoremos a Deus, todos os chamados, sejam dos povos relacionados com qualquer tradição familiar ou institucional, ou aqueles que se apresentam sem nenhuma particularidade ou afinidade, com dignidade e sabedores do que Jesus Cristo nos orienta e exige: amar a Deus acima de todas as coisas e amar o próximo como a si mesmo. É importante dizer que não podemos confundir o nosso Deus, que faz maravilhas por nós, com um touro de metal que representa algo que come capim. Deus não é manipulável por ninguém. Alguém que diz manipular Deus não é seu representante, mas tenta tomá-lo como propriedade sua. Fuja disso!
Para que nossa realidade, hoje, seja bem diferente daqueles que constroem ídolos para si, devemos, também, mantermo-nos cientes do que Jesus Cristo nos orienta nos Evangelhos. Cada palavra sutil de Jesus ali nos mostra que vivemos em um momento da festa de casamento em que todos os homens e mulheres jogados nas ruas são convidados a participar dessa feliz boda. Que possamos entender a necessidade de entrarmos com dignidade e que isso será cobrado de cada um de nós. Adorar a um deus apresentado com um metal caro, mas que representa um animal comedor de capim, pode ser o início de um caminho sem volta. Seguindo a linha da imagem e semelhança do deus que se adora, podemos terminar sendo a representação da cavalgadura que também se alimenta de capim e é símbolo de pessoas que não têm inteligência suficiente para discernir as nuanças da vida e caminha atrás de qualquer um sem refletir no que está fazendo. Sejamos guiados pelo Espírito Santo de Deus e pelas Sagradas Escrituras iluminadas por Jesus Cristo, que é Deus entre nós.

Caeli Enarram Glorian Dei!


LEITURAS DEVOCIONAIS
DOMINGO (11out)
Salmo matutino: 19; 150
Salmo vespertino: 81; 113
Antigo Testamento: Oseias 11.1-11
Epístola: 1Co 4.9-16
Evangelho: Mateus 15.21-28

SEGUNDA-FEIRA (12out)
Salmo matutino: 135; 145
Salmo vespertino: 97; 112
Antigo Testamento: Oseias 11.12 - 12.1
Epístola: Atos 26.1-23
Evangelho: Lucas 8.26-39

TERÇA-FEIRA (13out)
Salmo matutino: 123; 146
Salmo vespertino: 30; 86
Antigo Testamento: Oseias 12.2-14
Epístola: Atos 26.24 - 27.8
Evangelho: Lucas 8.40-56

QUARTA-FEIRA (14out)
Salmo matutino: 15; 147.1-11
Salmo vespertino: 48; 4
Antigo Testamento: Oseias 13.1-3
Epístola: Atos 27.9-26
Evangelho: Lucas 9.1-17

QUINTA-FEIRA (15out)
Salmo matutino: 36; 147.12-20
Salmo vespertino: 80; 27
Antigo Testamento: Oseias 13.4-8
Epístola: Atos 27.27-44
Evangelho: Lucas 9.18-27

SEXTA-FEIRA (16out)
Salmo matutino: 130; 148
Salmo vespertino: 32; 139
Antigo Testamento: Oseias 13.9-16
Epístola: Atos 28.1-16
Evangelho: Lucas 9.28-36

SÁBADO (17out)
Salmo matutino: 56; 149
Salmo vespertino: 118; 111
Antigo Testamento: Oseias 14.1-9
Epístola: Atos 28.17-31
Evangelho: Lucas 9.37-50


Publicado toda quinta-feira (ou perto disso) por aqui e no Twitter @revsandroxavier.


Imagem: Encontrada na internet. Sem indicação de autoria.

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A   p e s c a   m a r a v i l h o s a Pesca milagrosa Sinto-me como Teófilo, o excelentíssimo. Assim chamado pelo evangelista Lucas, companheiro de longos caminhos ao lado do apóstolo Paulo, de quem ouviu sobre Jesus e foi designado que servisse a Teófilo fornecendo a ele uma “narração coordenada dos fatos que entre nós se realizaram, conforme nos transmitiram os que desde o princípio foram deles testemunhas oculares e ministros da palavra” (Lucas 1.1b-2). Isso diante do rico privilégio de ser abençoado pelo Espírito Santo, que se utilizou dessa narrativa a que inspirou por meio desses privilegiados que vivenciaram cada um dos testemunhos ali narrados. É com essa sensação que observo, ao mergulhar no texto, o cenário desenvolvido pela narrativa. Segundo Lucas, Jesus havia debandado para os lados de Genesaré, após quase ser lançado do cimo do monte de Nazaré, sua cidade de origem. Jesus agora se encontra entre os pescadores, homens simples que, de forma árdua, tr