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Leituras para o 6º Domingo Pós-Epifania 2022 (Ano C)

 LEITURAS DO LECIONÁRIO REFORMADO PARA O 6º DOMINGO APÓS A EPIFANIA (6ºDTC), ANO C - 13 de fevereiro DE 2022, COR LITÚRGICA: VERDE



Antigo Testamento: Jeremias 17.5-10

Salmo 1

Epístola: 1Coríntios 15.12-20

Evangelho: Lucas 6.17-26

"SE ESPERAMOS EM CRISTO SÓ NESTA VIDA, SOMOS OS MAIS MISERÁVEIS(*) DE TODOS OS HOMENS." (1Coríntios 15.19)

(*)É claro que a ressurreição é um desafio para aquele que crê em Cristo. Muitos de nós somos estimulados, corretamente, frise-se bem, a buscar evidências, razão da nossa fé, aplicação do texto bíblico, mas isso jamais deve ferir as bases da nossa pregação, que vêm do próprio caminho para modificar a vida humana, a partir da compreensão que Deus tem para nós, iluminada por Jesus Cristo. A certeza da ressurreição de Jesus é uma das mais importantes bases para a nossa mensagem e para a nossa fé. Superar a experiência da morte é tudo que Jesus Cristo veio nos trazer. Ressurgir é um ato de resistência e é um recado para aqueles que nos tentam ameaçar com os mecanismos de morte, ao dizer: "Isso não nos assusta. Nós superaremos isso, pelo poder do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo". Essa certeza é imprescindível para a sua vida após a conversão a Jesus. É evidente que todas as amostras e experiências vão dizer a você que um morto não volta a viver. Entretanto, Jesus é Deus e não somente venceu a morte, mas também deixou sua palavra de que voltaria. Como isso aconteceu? Há várias explicações, mas, na verdade, a capacidade humana ainda não entende o que o poder de Deus pode fazer completamente. Como e quando Jesus vai voltar? É outra coisa que várias teorias humanas tentam encaixar, mas também não o sabemos. O que é básico para um cristão e uma cristã é ter a certeza no seu coração de que Jesus, sim, ressuscitou e voltará para buscá-lo. É uma esperança para além desta vida, na qual ele te ajuda com suas doenças, incertezas, perseguições, necessidades e outras tantas agruras deste mundo. Sem essa esperança, é vã a nossa fé e somos miseráveis.
Que ligação importante o Evangelho deste dia nos traz, ao relacionar nossa esperança para além desta vida com as bem-aventuranças e os ais de Jesus em Lucas. Resta claro que o Mestre está falando que as alegrias deste mundo não são suficientes para garantir um benefício eterno. Nossa vida efêmera cheia de riquezas, fartura, risos e palavras de elogio pode ser um sinal de que a recompensa no Reino do Todo-Amor não seja correspondente (veja os ais nos vv. 24 a 26). É evidente que Jesus não nos estimula a viver uma vida miserável e acomodada nisso. Ele, inclusive, é aquele que nos insta a trabalhar incessantemente para que as injustiças sejam excluídas da vida humana. Jesus denuncia e orienta para que isso seja extirpado da nossa convivência, por meio do amor ao próximo, no amor que devemos ter a Deus, assim como ele mesmo nos amou. Portanto, temos a esperança de que não é somente nesta vida que devemos ancorar nosso desejo de viver bem, visto que nunca teremos plenitude de vida se nosso irmão ou irmã passam privação. Se nós vivemos tranquilamente, com alegria, saúde, fartura e segurança, tendo alguém ao nosso lado na tristeza, sem nenhum incômodo dentro de nós, algo errado está acontecendo e esse egoísmo não pode compor o Reino de Deus.
Que tristeza é uma vida calcada somente nas alegrias deste mundo. Que desalento deve viver alguém que foi convencido, por teorias quaisquer, que é impossível Jesus ter ressuscitado. Como se luta contra os poderes da morte se o seu senhor não ressuscitou? A mensagem de Paulo aos irmãos de Corinto visava justamente advertir alguns daqueles que demonstravam por a mais bê que um morto não volta a vida: é impossível. Entretanto, Jesus é Deus e ele move a natureza de uma forma incompreensível para nós. Essa é a mensagem que nossa pregação leva às pessoas: você consegue forças para superar qualquer experiência que te deixa de luto, você supera até mesmo a morte. Dessa forma, ninguém e nada que te ameaça a vida te causa medo. Não somos cristãos somente para conseguir bênçãos materiais, mas para ter nosso coração transformado, inclusive para receber essa mensagem de ressurreição. Jesus ressuscitou!

Mortis Nihil Est!
(A morte não é nada) 


LEITURAS DEVOCIONAIS
DOMINGO (13fev)
Salmo matutino: 19; 150
Salmo vespertino: 81; 113
Antigo Testamento: Gênesis 29.20-35
Epístola: 1Timóteo 3.14 - 4.10
Evangelho: Marcos 10.23-31

SEGUNDA-FEIRA (14fev)
Salmo matutino: 135; 145
Salmo vespertino: 97; 112
Antigo Testamento: Gênesis 30.1-24
Epístola: 1João 1.1-10
Evangelho: João 9.1-17

TERÇA-FEIRA (15fev)
Salmo matutino: 123; 146
Salmo vespertino: 30; 86
Antigo Testamento: Gênesis 31.1-24
Epístola: 1João 2.1-11
Evangelho: João 9.18-41

QUARTA-FEIRA (16fev)
Salmo matutino: 15; 147.1-11
Salmo Vespertino: 48; 4 
Antigo Testamento: Gênesis 31.25-50
Epístola: 1João 2.12-17
Evangelho: João 10.1-18

QUINTA-FEIRA (17fev)
Salmo matutino: 36; 147.12-20
Salmo vespertino: 80; 27
Antigo Testamento: Gênesis 32.3-21
Epístola: 1João 2.18-29
Evangelho: João 10.19-30

SEXTA-FEIRA (18fev)
Salmo matutino: 130; 148
Salmo vespertino: 32; 139
Antigo Testamento: Gênesis 32.22 - 33.17
Epístola: 1João 3.1-10
Evangelho: João 10.31-42

SÁBADO (19fev)
Salmo matutino: 56; 149
Salmo vespertino: 118; 111
Antigo Testamento: Gênesis 35.1-20
Epístola: 1João 3.11-18
Evangelho: João 11.1-16

Publicado toda quinta-feira (ou perto disso) por aqui e no Twitter @revsandroxavier.

Imagem: Imagem na página do Grupo RBJ de Comunicação na internet. Não havia créditos.

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A   p e s c a   m a r a v i l h o s a Pesca milagrosa Sinto-me como Teófilo, o excelentíssimo. Assim chamado pelo evangelista Lucas, companheiro de longos caminhos ao lado do apóstolo Paulo, de quem ouviu sobre Jesus e foi designado que servisse a Teófilo fornecendo a ele uma “narração coordenada dos fatos que entre nós se realizaram, conforme nos transmitiram os que desde o princípio foram deles testemunhas oculares e ministros da palavra” (Lucas 1.1b-2). Isso diante do rico privilégio de ser abençoado pelo Espírito Santo, que se utilizou dessa narrativa a que inspirou por meio desses privilegiados que vivenciaram cada um dos testemunhos ali narrados. É com essa sensação que observo, ao mergulhar no texto, o cenário desenvolvido pela narrativa. Segundo Lucas, Jesus havia debandado para os lados de Genesaré, após quase ser lançado do cimo do monte de Nazaré, sua cidade de origem. Jesus agora se encontra entre os pescadores, homens simples que, de forma árdua, tr