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Leituras para o 2º Domingo após a Epifania (2ºDTC) 2022 - Ano C

 LEITURAS DO LECIONÁRIO REFORMADO PARA O 2º DOMINGO APÓS a epifania (2ºDTC), ANO C - 16 DE JANEIRO DE 2022, COR LITÚRGICA: VERDE



Antigo Testamento: Isaías 62.1-5

Salmo 36.5-10

Epístola: 1Coríntios 12.1-11

Evangelho: João 2.1-11

"MAS UM SÓ E O MESMO ESPÍRITO OPERA(*) TODAS ESTAS COISAS, REPARTINDO PARTICULARMENTE A CADA UM COMO QUER." (1Coríntios 12.11)

(*)Sim, é pela vontade do Espírito Santo de Deus que os dons se manifestam e se proliferam no meio da comunidade cristã. É notório, ao longo da jornada do povo de Deus, que muitos homens e mulheres demonstraram conhecimentos e habilidades especiais, muitas vezes até extraordinários e sobrenaturais, para que pudessem levar às pessoas com as quais conviviam as bênçãos de Deus. Na comunidade de Corinto, congregavam muitas pessoas que tinham experiência com uma religiosidade com múltiplas experiências que poderiam levar a criar confusões na fé cristã. Paulo, portanto, traz essas orientações para que eles se ajustassem dentro dessas práticas, mas que também não partissem para um radicalismo a ponto de desdenhar ou desqualificar a experiência religiosa de outras pessoas. O que é importante notar é que Paulo lembra o nome de Jesus. Não se abomina o nome de Jesus quando se carrega no peito esse amor por ele. Por outro lado, alguém não se dedica ao Filho de Deus sem ter fé em seu poder. É assim que os dons devem ser vistos: com uma funcionalidade dentro do amor que Jesus Cristo praticou e ensinou.
O importante nessa vida de reconhecimento de dons, tanto os nossos como os das outras pessoas que compartilham a comunidade de fé conosco, é entender que o nome de Jesus é o mair relevante, no sentido de que ele carrega o próprio Cristo consigo. Quero dizer que muitas vezes o nome de Jesus é utilizado sem que seja alusivo ao Salvador mesmo. Milagres e poderes podem ser usados para confundir as pessoas. Infelizmente, muitos têm sido iludidos com promessas de bens materiais, de cura por si só ou de prosperidade. Entretanto, assim como no exemplo da transformação da água em vinho na boda de Caná, Jesus quer satisfazer necessidades de uma comunidade que precisa manter seu espírito alegre, confiante e com aquela fé, esperança e amor que vêm do Espírito Santo de Deus. Dessa forma, entendemos que trazer um vinho especial para aquela festa significava que as pessoas iriam se manter alegres, presentes e agradecidas por aquele casal que se unia. Não era somente questão de transformar uma matéria, a saber, da água para o vinho, mas de modificar toda uma relação entre as pessoas. 
Hoje, existem muitas pessoas que querem se impor por demonstração de dons especiais no meio da comunidade. Tentam mostrar que são mais importantes que as outras, que Deus as escolheu do meio das outras e que seu dom lhes faz superiores. Todavia, isso é uma mostra de amor pelo poder e de uma falta de compreensão do corpo de Cristo. Como entendemos na carta aos Coríntios comentada aqui, há dons diferentes e cada um deles é importante e necessário. Mais que isso: os dons são para serviço. Aquele ou aquela que recebeu um talento especial deve servir à comunidade com esse dom. Certamente, outra pessoa com um dom diferente desse também vai dedicar esse serviço que vai ser canal de bênção para aquele outro que não dispõe dele. Dons e talentos não devem ser motivo de desencadear orgulho, vaidade ou sentimento de superioridade sobre os outros. Cada um tem sua importância nesse corpo e é com essa diversidade que levamos o amor de Jesus àqueles que ainda necessitam dele e não o conhecem profundamente.

Hoc Est Enim Corpus Meum!
(Pois este é o meu corpo) 


LEITURAS DEVOCIONAIS
DOMINGO (16jan)
Salmo matutino: 19; 150
Salmo vespertino: 81; 113
Antigo Testamento: Gênesis 7.1-10,17-23
Epístola: Efésios 4.1-16
Evangelho: Marcos 3.7-19

SEGUNDA-FEIRA (17jan)
Salmo matutino: 135; 145
Salmo vespertino: 97; 112
Antigo Testamento: Gênesis 8.6-22
Epístola: Hebreus 4.14 - 5.6
Evangelho: João 2.23 - 3.15

TERÇA-FEIRA (18jan)
Salmo matutino: 123; 146
Salmo vespertino: 30; 86
Antigo Testamento: Gênesis 9.1-17
Epístola: Hebreus 5.7-14
Evangelho: João 3.16-21

QUARTA-FEIRA (19jan)
Salmo matutino: 15; 147.1-11
Salmo Vespertino: 48; 4 
Antigo Testamento: Gênesis 9.18-29
Epístola: Hebreus 6.1-12
Evangelho: João 3.22-36

QUINTA-FEIRA (20jan)
Salmo matutino: 36; 147.12-20
Salmo vespertino: 80; 27
Antigo Testamento: Gênesis 11.1-9
Epístola: Hebreus 6.13-20
Evangelho: João 4.1-15

SEXTA-FEIRA (21jan)
Salmo matutino: 130; 148
Salmo vespertino: 32; 139
Antigo Testamento: Gênesis 11.27 - 12.8
Epístola: Hebreus 7.1-17
Evangelho: João 4.16-26

SÁBADO (22jan)
Salmo matutino: 56; 149
Salmo vespertino: 118; 111
Antigo Testamento: Gênesis 12.9 - 13.1
Epístola: Hebreus 7.18-28
Evangelho: João 4.27-42

Publicado toda quinta-feira (ou perto disso) por aqui e no Twitter @revsandroxavier.

Imagem: Encontrada na internet. Não havia indicação da autoria.

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A   p e s c a   m a r a v i l h o s a Pesca milagrosa Sinto-me como Teófilo, o excelentíssimo. Assim chamado pelo evangelista Lucas, companheiro de longos caminhos ao lado do apóstolo Paulo, de quem ouviu sobre Jesus e foi designado que servisse a Teófilo fornecendo a ele uma “narração coordenada dos fatos que entre nós se realizaram, conforme nos transmitiram os que desde o princípio foram deles testemunhas oculares e ministros da palavra” (Lucas 1.1b-2). Isso diante do rico privilégio de ser abençoado pelo Espírito Santo, que se utilizou dessa narrativa a que inspirou por meio desses privilegiados que vivenciaram cada um dos testemunhos ali narrados. É com essa sensação que observo, ao mergulhar no texto, o cenário desenvolvido pela narrativa. Segundo Lucas, Jesus havia debandado para os lados de Genesaré, após quase ser lançado do cimo do monte de Nazaré, sua cidade de origem. Jesus agora se encontra entre os pescadores, homens simples que, de forma árdua, tr