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Leituras para o 4º Domingo Pós-Epifania 2021 (Ano B)

 LEITURAS DO LECIONÁRIO REFORMADO PARA O 4º DOMINGO APÓS A EPIFANIA - ANO B - 31 DE JANEIRO DE 2021, COR LITÚRGICA: VERDE





    
Antigo Testamento: Deuteronômio 18.15-20

Salmo 111

Epístola: 1Coríntios 8.1-13

Evangelho: Marcos 1.21-28


"O PRINCÍPIO DA SABEDORIA(*) É O TEMOR DO SENHOR. TODOS QUANTOS O PRATICAM TÊM BOM SENSO. O LOUVOR AO SENHOR PERMANECE PARA SEMPRE." (Salmo 111.10)

(*)salmo 111 nos mostra a importância de mergulhar no conhecimento das obras de Deus. Saber o que Deus fez e compartilhar o entendimento no meio dos que também o fazem é importante para que possamos comparar o que o Senhor nos fala ao coração com o que a comunidade de fé também entende. Além disso, faz com que os preceitos não sejam esquecidos nem inventados por um coração que pode ser tomado pelos seus sentimentos pessoais. Quando o salmista fala que "o princípio da sabedoria é o temor do Senhor", está afirmando que quando buscamos um estudo profundo do que Deus é, por meio da sua Palavra e de tudo que nos pode ajudar a entender sua natureza, chegamos à conclusão de que uma certeza sobre a natureza de Deus nos é impossível. Esse sentimento nos traz o temor de Deus, visto que ele não depende de nós para ser o que é e para exercer sua soberania sobre nós. Entregar seu destino nas mãos de Deus é o que o sábio faz. Demonstrar bom senso, ainda segundo a Bíblia, é entregar sua vida a Deus. Entender a pequenez do ser humano e o poder de Deus é o princípio da sabedoria.
Pelas palavras do Evangelho, temos uma ação de Jesus Cristo que nos mostra uma diferença imensa, como o próprio Deus vivendo entre nós, daquela que os doutores da lei praticavam: um ensino frio e puramente sistemático da Palavra de Deus. Com isso, as pessoas ouviam e não conseguiam relacionar aquilo tudo com uma prática na vida. Era tudo muito focado em mostrar somente conhecimento e poder sobre o povo que temia o erro na prática da lei e, por isso mesmo, vivia escravizado perante as interpretações dos doutores. Jesus vem e traz um elemento libertador, representado pelo homem possuído. Ele não tinha mais domínio sobre sua própria vida. Note que não era somente um demônio que dominava seus atos, mas eram plurais. Pode isso significar que aquela pessoa perdeu sua capacidade de ação para uma instituição, poderes, potestades: elas podem ser comparadas a muitas forças externas que nos domam a vida, tirando a liberdade, a alegria, a plenitude de vida. Jesus acaba com isso, prega diferentemente, ensina mostrando o caminho para a libertação e para a vida abundante que só o Deus Todo-Amor pode dar.
Com essa ação de Jesus e a consciência de que precisamos mergulhar no conhecimento de sua Palavra, podemos aludir que o entendimento da Palavra de Deus nos deve trazer libertação e não escravidão. Da mesma forma, se esbarramos com alguém que nos deve trazer a mensagem da Cruz, devemos estar preparados para receber salvação, liberação e cura. Não podemos admitir que alguém que traz a palavra de Jesus Cristo nos invada a vida com atitudes que nos tirem a liberdade de ação. Não é possível aceitar mais jugo e demônios que dominem nossas vidas. Jesus mesmo traz o fim da opressão, portanto alguém que lhe traga mais perda de liberdade e de ação não representa Jesus Cristo. Fica essa dica!

Non Draco Sit Mihi Dux
(Que o demônio não seja meu guia)


LEITURAS DEVOCIONAIS
DOMINGO (31jan)
Salmo matutino: 108; 150
Salmo vespertino: 66; 23
Antigo Testamento: Isaías 51.9-16
Epístola: Hebreus 11.8-16
Evangelho: João 7.14-31

SEGUNDA-FEIRA (1ºfev)
Salmo matutino: 62; 145
Salmo vespertino: 73; 9
Antigo Testamento: Isaías 51.17-23
Epístola: Gálatas 4.1-11
Evangelho: Marcos 7.24-37

TERÇA-FEIRA (2fev)
Salmo matutino: 12; 146
Salmo vespertino: 36; 7
Antigo Testamento: Isaías 52.1-12
Epístola: Gálatas 4.12-20
Evangelho: Marcos 8.1-10

QUARTA-FEIRA (3fev)
Salmo matutino: 96; 147.1-11
Salmo vespertino: 132; 134
Antigo Testamento: Isaías 52.13 - 53.12
Epístola: Gálatas 4.21-32
Evangelho: Marcos 8.11-26

QUINTA-FEIRA (4fev)
Salmo matutino: 116; 147.12-20
Salmo vespertino: 26; 130
Antigo Testamento: Isaías 54.1-10(11-17)
Epístola: Gálatas 5.1-15
Evangelho: Marcos 8.27 - 9.1

SEXTA-FEIRA (5fev)
Salmo matutino: 84; 148
Salmo vespertino: 25; 40
Antigo Testamento: Isaías 55.1-13
Epístola: Gálatas 5.16-24
Evangelho: Marcos 9.2-13

SÁBADO (6fev)
Salmo matutino: 63; 149
Salmo vespertino: 125; 90
Antigo Testamento: Isaías 56.1-8
Epístola: Gálatas 5.25 - 6.10
Evangelho: Marcos 9.14-29


Publicado toda quinta-feira (ou perto disso) por aqui e no Twitter @revsandroxavier.


Imagem: No site "Semeando Vida". Sem indicação de autoria.

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A   p e s c a   m a r a v i l h o s a Pesca milagrosa Sinto-me como Teófilo, o excelentíssimo. Assim chamado pelo evangelista Lucas, companheiro de longos caminhos ao lado do apóstolo Paulo, de quem ouviu sobre Jesus e foi designado que servisse a Teófilo fornecendo a ele uma “narração coordenada dos fatos que entre nós se realizaram, conforme nos transmitiram os que desde o princípio foram deles testemunhas oculares e ministros da palavra” (Lucas 1.1b-2). Isso diante do rico privilégio de ser abençoado pelo Espírito Santo, que se utilizou dessa narrativa a que inspirou por meio desses privilegiados que vivenciaram cada um dos testemunhos ali narrados. É com essa sensação que observo, ao mergulhar no texto, o cenário desenvolvido pela narrativa. Segundo Lucas, Jesus havia debandado para os lados de Genesaré, após quase ser lançado do cimo do monte de Nazaré, sua cidade de origem. Jesus agora se encontra entre os pescadores, homens simples que, de forma árdua, tr