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Leituras para o 17º Domingo após Pentecostes 2020 (Ano A) - 26ºDTC

 LEITURAS DO LECIONÁRIO REFORMADO PARA O 17º DOMINGO APÓS PENTECOSTES (26º DOMINGO DO TEMPO COMUM) - ANO A - 27 DE SETEMBRO DE 2020, COR LITÚRGICA: VERDE






Antigo Testamento: Êxodo 17.1-7

Salmo 78.1-4,12-16 ou Ezequiel 18.1-4,25-32 ou Salmo 25.1-9

Epístola: Filipenses 2.1-13

Evangelho: Mateus 21.23-32



"POVO MEU, ESCUTA A MINHA INSTRUÇÃO(*), DÁ OUVIDOS ÀS PALAVRAS DA MINHA BOCA." (Salmo 78.1)

(*) 
O salmo 78 é uma exaltação do poder de Deus e da sua atuação em favor do povo. É necessário que repitamos e relembremos o que Deus fez. É importante ter atenção a isso e não esquecer nunca o que ele pode fazer e tem feito. Quando contamos aos nossos filhos e filhas o que Deus fez, mostramos a eles a capacidade que temos de superar as diversidades por meio da nossa fé e do poder do nosso Deus. A importância dessa prática reside no sentido de que podemos transformar essas ações do Criador para a nossa própria história pessoal, para a nossa família, nossa vida profissional, nossa saúde ou qualquer área na qual nos sentimos fracos e necessitados. Devemos agir sempre cantando as maravilhas de Deus, mas também buscando os relatos que nos reforçam a fé. Dessa forma, uma das atitudes que nossa fé exige é captar daqueles que nos precedem na fé - os mártires, os profetas, os santos, os heróis, os exemplos, enfim - o poder do nosso Senhor; mas também devemos transmitir àqueles que chegam à comunidade de fé. Nós precisamos ter em mente que nosso Deus é poderoso para transformar a seca em abundância.
Em Jesus, também vemos uma mudança da realidade árida da fé. No Evangelho de Mateus, nosso Mestre confronta o medo e a desconfiança que atingem a liderança religiosa da época. Jesus fala de João Batista, a voz que clama no deserto, aquele que veio preparar o terreno para a chegada do Messias, e desafia não somente o conhecimento dos chefes dos sacerdotes judeus, mas principalmente sua fé e sua vida comunitária, no sentido de que precisamos comungar da mesma confiança. Em seguida, Jesus mostra esse compromisso com Deus a partir da parábola dos dois filhos. Havia um que falou que não faria o que o pai pediu, mas fê-lo; e outro que disse que faria, mas não o fez. Importa que façamos o que Deus nos pede. É necessário que nossos corações estejam preparados por meio dessas histórias que ouvimos e repetimos, sobre as maravilhas do poder de Deus. Sempre devemos ter em mente que ele controla a natureza e o resultado de tudo está em suas mãos. Com isso, poderemos atender ao seu chamado com presteza e alegria no coração. Cada história de Deus que ouvimos nos fala ao coração e nos orienta a vida, nos dá força, nos faz relacionar cada uma com nossa realidade e nossas necessidades. Por isso, é muito importante repetir os grandes feitos de Deus. Precisamos ouvi-los e transmiti-los às novas gerações.
Precisamos falar sobre os chamados "homens de bem" e "família de Deus" que se apresentam hoje tentando ser detentores das bênçãos e do nome de Deus. É importante que nos portemos como Jesus Cristo, certos de que, por ele mesmo, temos a orientação daqueles que agem de acordo com suas palavras e atos. Os chefes dos sacerdotes representam a religiosidade imposta pelo governo, e que age por meio da força e da ameaça. Eles estavam apartados da fé da comunidade e das palavras que mostram o poder de Deus sobre a natureza e sobre nossas vidas. Com medo do Deus que age na história e não depende da força terrena, eles temeram responder a Jesus Cristo, que sabia da fé do povo, a partir da ação que leva em conta o próprio Deus e seu controle da nossa vida e da nossa história. Devemos ter cuidado ao agir como detentores únicos dos cuidados de Deus, essa é uma ação nossa. Mas também devemos buscar, sempre, agir de acordo com o que orienta nosso Deus, por meio das palavras de Jesus nas Sagradas Escrituras, para que não caiamos na tentação de atender ao que bradam com loucura, autoproclamando-se "donos" de Deus e de sua vontade. Sejamos como o filho que faz, mas que possamos ser um filho diferente: aquele que diz que vai fazer e faz de fato.

De Divina Potentia!


LEITURAS DEVOCIONAIS
DOMINGO (27set)
Salmo matutino: 108; 150
Salmo vespertino: 66; 23
Antigo Testamento: Oseias 1.1 - 2.1
Epístola: Tiago 3.1-13
Evangelho: Mateus 13.44-52

SEGUNDA-FEIRA (28set)
Salmo matutino: 62; 145
Salmo vespertino: 73; 9
Antigo Testamento: Oseias 2.2-15
Epístola: Atos 20.17-38
Evangelho: Lucas 5.1-11

TERÇA-FEIRA (29set)
Salmo matutino: 12; 146
Salmo vespertino: 36; 7
Antigo Testamento: Oseias 2.16-23
Epístola: Atos 21.1-14
Evangelho: Lucas 5.12-26

QUARTA-FEIRA (30set)
Salmo matutino: 96; 147.1-11
Salmo vespertino: 132; 134
Antigo Testamento: Oseias 3.1-5
Epístola: Atos 21.27-36
Evangelho: Lucas 5.27-39

QUINTA-FEIRA (1ºout)
Salmo matutino: 116; 147.12-20
Salmo vespertino: 26; 130
Antigo Testamento: Oseias 4.1-10
Epístola: Atos 21.27-36
Evangelho: Lucas 6.1-11

SEXTA-FEIRA (2out)
Salmo matutino: 84; 148
Salmo vespertino: 25; 40
Antigo Testamento: Oseias 4.11-19
Epístola: Atos 21.37 - 22.16
Evangelho: Lucas 6.12-26

SÁBADO (3out)
Salmo matutino: 63; 149
Salmo vespertino: 125; 90
Antigo Testamento: Oseias 5.1-7
Epístola: Atos 22.17-29
Evangelho: Lucas 6.27-38


Publicado toda quinta-feira (ou perto disso) por aqui e no Twitter @revsandroxavier.


Imagem: Anônima. Encontrada na internet.

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A   p e s c a   m a r a v i l h o s a Pesca milagrosa Sinto-me como Teófilo, o excelentíssimo. Assim chamado pelo evangelista Lucas, companheiro de longos caminhos ao lado do apóstolo Paulo, de quem ouviu sobre Jesus e foi designado que servisse a Teófilo fornecendo a ele uma “narração coordenada dos fatos que entre nós se realizaram, conforme nos transmitiram os que desde o princípio foram deles testemunhas oculares e ministros da palavra” (Lucas 1.1b-2). Isso diante do rico privilégio de ser abençoado pelo Espírito Santo, que se utilizou dessa narrativa a que inspirou por meio desses privilegiados que vivenciaram cada um dos testemunhos ali narrados. É com essa sensação que observo, ao mergulhar no texto, o cenário desenvolvido pela narrativa. Segundo Lucas, Jesus havia debandado para os lados de Genesaré, após quase ser lançado do cimo do monte de Nazaré, sua cidade de origem. Jesus agora se encontra entre os pescadores, homens simples que, de forma árdua, tr