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Leituras para o 3º Domingo após Pentecostes 2020 (12º DTC) - Ano A

LEITURAS DO LECIONÁRIO REFORMADO PARA O  3º DOMINGO APÓS PENTECOSTES (12º DOMINGO DO TEMPO COMUM) - ANO A - 21 DE JUNHO DE 2020, COR LITÚRGICA: VERDE







Antigo Testamento: Gênesis 21.8-21

Salmo 86.1-10,16-17 ou Jeremias 20.7-13 ou Salmo 69.7-10(11-15),16-18

Epístola: Romanos 6.1b-11

Evangelho: Mateus 10.24-39


"REALIZA PARA MIM UM SINAL DE BONDADE: MEUS INIMIGOS VERÃO E FICARÃO ENVERGONHADOS, PORQUE TU, SENHOR, ME SOCORRES E CONSOLAS(*)." (Salmo 86.17)


(*) Nesse salmo, o sofredor declara sua fidelidade e confiança total em Deus. Ele mostra que é um servo que passa por perigo e perseguição. Seu sofrimento pode ser pessoal ou mesmo resultado de um momento difícil pelo qual passa sua comunidade. Sua esperança é de que Deus possa mudar sua realidade, trazendo a ele de volta a alegria. Ele consegue isso porque é sabedor da bondade e do amor de Deus para aqueles que o invocam. Dessa forma, ele não para de orar e de insistir para que o Criador lhe atenda. Seu grito para Deus é, também, uma forma de se direcionar àquele em quem confia que vai responder. Por isso, encontramos palavras de reconhecimento e de declaração da grandeza de Deus. Ele sabe que somente seu Senhor poderá inclinar-lhe os ouvidos e ter misericórdia do seu sofrimento. Vemos, então, antes mesmo de ter seu caso resolvido de acordo com suas expectativas, o salmista já oferecer um momento de louvor àquele que cuida da sua vida. Por fim, ele confirma para Deus que seu triunfo deixará seus inimigos envergonhados.
No Evangelho, encontramos Jesus Cristo dando uma aula aos seus discípulos. É importante que se leve em conta a busca de ser sempre parecido com seu Senhor. Com isso, devemos entender que é importante buscarmos sempre saber como é o nosso Mestre, o que ele deseja, o que ele orienta, qual é a natureza da sua missão e, assim, organizarmos nossa trajetória. Jesus nos diz para não termos medo daqueles que planejam o mal, nem mesmo que se faça nada ocultamente. Se o que você tem feito não está ferindo nada daquilo que seu Mestre orienta, não há por que ter vergonha ou cuidar para satisfazer as exigências daqueles que só buscam seus interesses ou são escravos da lei morta. Jesus é uma ruptura na nossa vida. Ele é a espada que divide a existência daqueles que reconhecem seu senhorio e, com isso, libertam-se de direcionamentos equivocados de lideranças escravizadoras. Não se confunda a espada com a chegada de violência ou com a permissão do uso da força. A espada que Jesus vem trazer é uma ruptura com aqueles que não reconhecem a liderança de Jesus e a importância de sua missão. Com esses, diz a lei da espada, devemos romper, mesmo que se trate de amigos, lideranças ou até família. Para preservar a própria vida, devemos entregá-la completamente a Jesus.
Nos tempos atuais, vemos muita gente ansiosa tentando satisfazer a vozes que trazem medo, ameaças e tristezas por meio de palavras de morte. Quando você descobre que seu líder é o próprio Jesus Cristo, que a missão para a qual você é chamado é dele e de mais ninguém, que a realidade é muito mais difícil do que imaginamos e Jesus não vem trazer um mundo de maravilhas, sem ruptura, é possível que se entregue conhecendo as dificuldades, mas também pode entrar no mundo daquele que vem ao seu socorro e traz a vitória diante dos inimigos. Para isso, você precisa ter forças para, ao reconhecer isso, romper com pessoas que são contrárias ao projeto de vida do Todo-Amor. A vida com Deus não trata de uma máfia familiar. A espada que Jesus traz é aquela que vai cortar sua vida em duas: uma antes de conhecê-lo, que deve morrer; a outra depois de viver com ele, pautada pela liberdade, pela cura e pelo amor: uma vida nova. Essa é nossa nova vida. Essa é nossa entrega. Essa é nossa semeadura.

Sub Umbra Alarum Tuarum Protege Me!


LEITURAS DEVOCIONAIS
DOMINGO (21jun)
Salmo matutino: 19; 150
Salmo vespertino: 81; 113
Antigo Testamento: Números 14.26-45
Epístola: Atos 15.1-12
Evangelho: Lucas 12.49-56

SEGUNDA-FEIRA (22jun)
Salmo matutino: 135; 145
Salmo vespertino: 97; 112
Antigo Testamento: Números 16.1-19
Epístola: Romanos 3.21-31
Evangelho: Mateus 19.13-22

TERÇA-FEIRA (23jun)
Salmo matutino: 123; 146
Salmo vespertino: 30; 86
Antigo Testamento: Números 16.20-35
Epístola: Romanos 4.1-12
Evangelho: Mateus 19.23-30

QUARTA-FEIRA (24jun)
Salmo matutino: 15; 147.1-11
Salmo vespertino: 48; 4
Antigo Testamento: Números 16.36-50
Epístola: Romanos 4.13-25
Evangelho: Mateus 20.1-16

QUINTA-FEIRA (25jun)
Salmo matutino: 36; 147.12-20
Salmo vespertino: 80; 27
Antigo Testamento: Números 17.1-11
Epístola: Romanos 5.1-11
Evangelho: Mateus 20.17-28

SEXTA-FEIRA (26jun)
Salmo matutino: 130; 148
Salmo vespertino: 32; 139
Antigo Testamento: Números 20.1-13
Epístola: Romanos 5.12-21
Evangelho: Mateus 20.29-34

SÁBADO (27jun)
Salmo matutino: 56; 149
Salmo vespertino: 118; 111
Antigo Testamento: Números 20.14-29
Epístola: Romanos 6.1-11
Evangelho: Mateus 21.1-11


Publicado toda quinta-feira (ou perto disso) por aqui e no Twitter @revsandroxavier.


Imagem: Da página Entrerios, na internet. Não há indicação de autoria.

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A   p e s c a   m a r a v i l h o s a Pesca milagrosa Sinto-me como Teófilo, o excelentíssimo. Assim chamado pelo evangelista Lucas, companheiro de longos caminhos ao lado do apóstolo Paulo, de quem ouviu sobre Jesus e foi designado que servisse a Teófilo fornecendo a ele uma “narração coordenada dos fatos que entre nós se realizaram, conforme nos transmitiram os que desde o princípio foram deles testemunhas oculares e ministros da palavra” (Lucas 1.1b-2). Isso diante do rico privilégio de ser abençoado pelo Espírito Santo, que se utilizou dessa narrativa a que inspirou por meio desses privilegiados que vivenciaram cada um dos testemunhos ali narrados. É com essa sensação que observo, ao mergulhar no texto, o cenário desenvolvido pela narrativa. Segundo Lucas, Jesus havia debandado para os lados de Genesaré, após quase ser lançado do cimo do monte de Nazaré, sua cidade de origem. Jesus agora se encontra entre os pescadores, homens simples que, de forma árdua, tr