LEITURAS DO LECIONÁRIO REFORMADO PARA O 3º DOMINGO DA páscoa - ANO A (26 DE ABRIL DE 2020) - COR LITÚRGICA: BRANCA
Antigo Testamento: Atos 2.14a,36-41(**)
Salmo 116.1-4,12-19 ou 34.1-10 ou Isaías 51.1-6
Epístola: 1Pedro 1.17-23
Evangelho: Lucas 24.13-35
"O SENHOR DEUS SENTE PESAR(*) QUANDO VÊ MORREREM OS QUE SÃO FIÉIS A ELE." (Salmo 116.15)
(*) As palavras do salmista mostram alguém envolto com os laços da morte. Ameaças traziam, a quem pedia a ajuda de Deus, muita angústia, aflição e pavor. Era um clamor para que Deus o livrasse da morte. Em seguida, a ajuda de Deus é reconhecida e a gratidão brota do coração daquele que SABE que seu livramento vem de Deus. Entretanto, no meio dessa oração, surge um pequeno e breve versículo, como que um intervalo, mostrando uma ação sutil de Deus em um momento diferente: Deus fica triste quando morre alguém que ele sabe que lhe é fiel. Nessa afirmação, está implícito (ou nem tanto assim) que as pessoas, mesmo as fiéis a Deus, também morrem. Elas se vão não somente de velhice, mas também de doenças, de ataques violentos, de tragédias naturais, de acidentes e de quaisquer outros motivos pelos quais outras pessoas que vivem debaixo do sol também perdem a vida. A diferença é que essas pessoas contam com a presença de Deus nos seus momentos mais difíceis. Deus tem um propósito em tudo que ocorre nesta vida. Muitas vezes, a sua existência pode estar colocada diante de um caminho em que Deus vai agir e ela pode ser uma oferta para que alguma coisa se arranje imediatamente ou no futuro. Confiar em Deus vai para além da sua própria vida. Quando lhe pedimos que poupe a nossa vida e ele nos atende, ficamos como que maravilhados e nem conseguimos mesmo saber o que ofertar ao Criador. Jesus mesmo pediu que sua vida fosse poupada ao orar "afaste de mim esse cálice". Todavia, todos sabemos o que aconteceu, porque tinha que acontecer. Jesus mesmo sabia disso.
No Evangelho, vemos a confirmação da ação de Deus no sentido do sofrimento humano no exemplo do próprio Jesus. Ele se apresenta àqueles caminheiros e lhes fala sobre as palavras dos profetas, lembrando que "era preciso que o Messias sofresse e, assim, recebesse de Deus toda a glória" (v.26). Notemos que Deus não perde seu poder de vencer a maldade, a morte, a violência, a doença, a dor e qualquer outro infortúnio que sobrevenha aos seres humanos. Qual é a glória que está por vir após o seu sofrimento? Mesmo que ele desemboque em morte. Nossa fé é vã se não cremos que Jesus Cristo ressuscitou dos mortos e, também, a nós, concedeu a superação da morte e de todas as suas experiências. Paulo mesmo não nos disse que nem a morte nem a angústia nem perseguição nem qualquer outra experiência enlutadora nos afastaria do amor de Cristo? Portanto, temos o Espírito Santo deixado por Jesus para nos consolar. O Consolador fica conosco justamente por isso: para nos lembrar que Deus mesmo chora conosco em nossos reveses e sabe como é o nosso sofrimento. É inexperiente dizer "por que Deus não resolve tal situação? Ele não é bondoso?". Precisamos amadurecer como crentes e parar de tomar o leite espiritual, a fim de que acompanhemos a Jesus Cristo de forma amadurecida na sua missão.
Hoje temos esse desafio em meio a tantos problemas que atingem nosso corpo e nossa alma, bem como nossa psique também. Precisamos estar tranquilos, em meio a tudo isso, mesmo sabendo que o mal pode sobrevir em nossa vida. Temos orado pedindo constantemente o cuidado de Deus, o livramento das doenças, das injustiças, das dores e até da morte. Entretanto, como qualquer outra pessoa que caminha sobre esta terra, estamos sujeitos a essas agruras. Mas, diferentemente de qualquer outra criatura, sabemos que pode ser necessário que soframos as consequências de problemas inúmeros, até porque, muitas vezes, isso será necessário para a glória de Deus. Sejamos conscientes da necessidade da oferta da nossa vida a qualquer vontade de Deus, mas também que ele lamenta nosso sofrimento e oferece o Consolador para estar ao nosso lado sempre!
Mors Omnia Aequat!
LEITURAS DEVOCIONAIS
Salmo matutino: 93; 150
Salmo vespertino: 136; 117
Antigo Testamento: Êxodo 18.1-12
Epístola: 1João 2.7-17
Evangelho: Marcos 9-20
SEGUNDA-FEIRA (27abr)
Salmo matutino: 97; 145
Salmo vespertino: 124; 115
Antigo Testamento: Êxodo 18.13-27
Epístola: 1Pedro 5.1-14
Evangelho: Mateus (1.1-17)3.1-6
TERÇA-FEIRA (28abr)
Salmo matutino: 98; 146
Salmo vespertino: 66; 116
Antigo Testamento: Êxodo 19.1-6
Epístola: Colossenses 1.1-14
Evangelho: Mateus 3.7-12
QUARTA-FEIRA (29abr)
Salmo matutino: 99; 147.1-11
Salmo vespertino: 9; 118
Antigo Testamento: Êxodo 19.16-25
Epístola: Colossenses 1.15-23
Evangelho: Mateus 3.13-17
Salmo matutino: 47; 147.12-20
Salmo vespertino: 68; 113
Antigo Testamento: Êxodo 20.1-21
Epístola: Colossenses 1.24 - 2.7
Evangelho: Mateus 4.1-11
Salmo matutino: 96; 148
Salmo vespertino: 49; 138
Antigo Testamento: Êxodo 24.1-18
Epístola: Colossenses 2.8-23
Evangelho: Mateus 4.12-17
SÁBADO (2mai)
Salmo matutino: 92; 149
Salmo vespertino: 23; 114
Antigo Testamento: Êxodo 25.1-22
Epístola: Colossenses 3.1-17
Evangelho: Mateus 4.18-25
Salmo matutino: 92; 149
Salmo vespertino: 23; 114
Antigo Testamento: Êxodo 25.1-22
Epístola: Colossenses 3.1-17
Evangelho: Mateus 4.18-25
Publicado toda quinta-feira (ou perto disso) por aqui e no Twitter @revsandroxavier.
(**) Durante o período da Páscoa, as leituras do Antigo Testamento são substituídas por textos do livro dos Atos dos Apóstolos.
Imagem: Da página "Pregações e estudos bíblicos" na internet. Sem indicação de autoria.
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