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LEITURAS DO LECIONÁRIO REFORMADO PARA O 8º DOMINGO APÓS PENTECOSTES (18º DO TEMPO COMUM), 4 DE agosto DE 2019, ANO C, COR LITÚRGICA: VERDE







Antigo Testamento: Oseias 11.1-11

Salmo 107.1-9,43 ou Eclesiastes 1.2,12-14;2.18-23 ou Salmo 49.1-12

Epístola: Colossenses 3.1-11

Evangelho: Lucas 12.13-21



"MAS DEUS LHE DISSE: 'LOUCO! NESTA MESMA NOITE VOCÊ VAI TER QUE DEVOLVER A SUA VIDA. E AS COISAS QUE VOCÊ PREPAROU, PARA QUEM VÃO FICAR?'." (Lucas 12.20)

(*) Mais uma vez Jesus Cristo nos desafia a pensar diferentemente do que esse mundo nos ensina. Somos conduzidos a observar somente as riquezas desta vida, acumular tesouros debaixo do céu e guardar tesouros que se desgastam. Nossa vida é consumida para termos coisas, sermos proprietários de bens e demonstrar poder com posses. Há um princípio taoísta que questiona se alguém que tenha muitas propriedades, na verdade, é dono daquelas coisas ou se elas é que o possuem. Sendo assim, ele seria a propriedade, pois fica escravo do que tem, precisando administrá-las e cuidar delas para que não as perca e para que não se deteriorem. Jesus quer libertar o ser humano de seu desejo de acúmulo. "Tenham cuidado com qualquer tipo de ganância", ele adverte. Sendo assim, devemos estar atentos para aquilo que nosso coração deseja. Meister Eckhart, já no século 13, nos dizia que devemos abrir mão de tudo para que nos aproximemos de Deus. Isso deve ser feito de forma radical, a ponto de nos desprendermos até de nós mesmos, colocando Deus acima de tudo. O total desprendimento é a garantia de que aquilo que pedimos em oração não é maior que o próprio Deus. Afinal, em que está seu coração? Se for naquilo que pede, Deus não é o mais importante; mesmo que seu pedido seja sua saúde ou de outra pessoa que você ama, emprego, sustento, perseguição, angústia ou a própria vida. Nada deve ficar no lugar de Deus. Mammon é a personificação do amor à riqueza e se transforma no deus que mais traz confronto com o Pai de Jesus e Pai Nosso. Juntar tesouros debaixo do céu pode ser uma forma tenebrosa de afastar-se de Deus, afinal, é loucura ajuntar tesouros para si e não ser rico aos olhos do Criador.

Argentum Accepti, Imperium Vendidi!



LEITURAS DEVOCIONAIS
DOMINGO (4ago)
Salmo matutino: 108; 150
Salmo vespertino: 66; 23
Antigo Testamento: Juízes 6.1-24
Epístola: 2Coríntios 9.6-15
Evangelho: Marcos 3.20-30

SEGUNDA-FEIRA (5ago)
Salmo matutino: 62; 145
Salmo vespertino: 73; 9
Antigo Testamento: Juízes 9.25-40
Epístola: Atos 2.37-47
Evangelho: João 1.1-18

TERÇA-FEIRA (6ago)
Salmo matutino: 12; 146
Salmo vespertino: 36; 7
Antigo Testamento: Juízes 7.1-18
Epístola: Atos 3.1-11
Evangelho: João 1.19-28

QUARTA-FEIRA (7ago)
Salmo matutino: 96; 147,1-11
Salmo vespertino: 132; 134
Antigo Testamento: Juízes 7-19 - 8.12
Epístola: Atos 3.12-26
Evangelho: João 1.29-42

QUINTA-FEIRA (8ago)
Salmo matutino: 116; 147.12-20
Salmo vespertino: 26; 130
Antigo Testamento: Juízes 8.22-35
Epístola: Atos 4.1-12
Evangelho: João 1.43-51

SEXTA-FEIRA (9ago)
Salmo matutino: 84; 148
Salmo vespertino: 25; 40
Antigo Testamento: Juízes 9.1-16;19-21
Epístola: Atos 4.13-31
Evangelho: João 2.1-12

SÁBADO (10ago)
Salmo matutino: 63; 149
Salmo vespertino: 125; 90
Antigo Testamento: Juízes 9.22-25,50-57
Epístola: Atos 4.32 - 5.11
Evangelho: João 2.13-25


Publicado toda quinta-feira (ou perto disso) por aqui e no Twitter @revsandroxavier.



Imagem: Encontrada na internet. Autor não indicado.

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A   p e s c a   m a r a v i l h o s a Pesca milagrosa Sinto-me como Teófilo, o excelentíssimo. Assim chamado pelo evangelista Lucas, companheiro de longos caminhos ao lado do apóstolo Paulo, de quem ouviu sobre Jesus e foi designado que servisse a Teófilo fornecendo a ele uma “narração coordenada dos fatos que entre nós se realizaram, conforme nos transmitiram os que desde o princípio foram deles testemunhas oculares e ministros da palavra” (Lucas 1.1b-2). Isso diante do rico privilégio de ser abençoado pelo Espírito Santo, que se utilizou dessa narrativa a que inspirou por meio desses privilegiados que vivenciaram cada um dos testemunhos ali narrados. É com essa sensação que observo, ao mergulhar no texto, o cenário desenvolvido pela narrativa. Segundo Lucas, Jesus havia debandado para os lados de Genesaré, após quase ser lançado do cimo do monte de Nazaré, sua cidade de origem. Jesus agora se encontra entre os pescadores, homens simples que, de forma árdua, tr