Pular para o conteúdo principal
Imagem
Por

LEITURAS DO LECIONÁRIO REFORMADO PARA O 3º DOMINGO DA QUARESMA, 4 DE MARÇO DE 2018, ANO B, COR LITÚRGICA: ROXA.


Jesus expulsando os vendilhões
Antigo Testamento: Êxodo 20.1-17

Salmo 19

Epístola: 1Coríntios 1.18-25

Evangelho: João 2.13-22


"SEUS DISCÍPULOS SE LEMBRARAM DO QUE DIZ A ESCRITURA: 'O ZELO(*) PELA TUA CASA ME CONSOME'." (João 2.17)

(*) É compreensão nossa de que o amor é o centro da mensagem e da ação de Jesus. Seu ensinamento essencialmente pela não violência é marcante e central. Além disso, sua preocupação em nos mostrar a importância de que a lei não seja maior que o próprio Deus ou o relacionamento e a compreensão para com o próximo é vital para a nossa construção do Reino do Todo-Amor. É inconcebível para nós imaginar Jesus Cristo, por isso mesmo, reagindo a alguma coisa com agressão ou com falta de compreensão. Pois então, chegamos a uma passagem em que encontramos o Mestre perdendo sua paciência numa situação bem específica. Note que ele não se rebelou agressivamente contra adúlteros, cobradores de impostos, leprosos, beberrões, acusadores e outros. Com esses, ele foi misericordioso, tentou compreender antes de condenar, aproximou-se (fez-se próximo) e, acima de tudo, amou. Com essa atitude, ele mostrou que, muitas vezes, aqueles a quem condenamos (ou somos ensinados a condenar) são sofredores espirituais, físicos ou sociais. Quanto mais longe ficamos, mais temos tendência a condenar. Por isso mesmo, Deus, em todo o seu amor, decidiu aproximar-se de nós, vindo em Jesus Cristo, viver conosco a nossa própria vida. Por isso, ofereceu o Consolador para nos fortalecer os dias. A reação, então, efusiva de Jesus tem motivo que é bem diferente: o zelo para com a casa de Deus, a exploração do ambiente de fé e a ambição que o amor ao dinheiro e ao lucro traz. Ele não se intimidou para mostrar que tratar as coisas de Deus com esses sentimentos vãos é prejudicial ao lugar sagrado de comunhão com o Pai de Amor. Trazendo para nossos dias, o que você acha que se está fazendo nos nossos templos que incitaria Jesus a preparar mais um chicote de cordas e expulsar todo mundo de lá? O que poderia ser caracterizado como ação que somente visa lucro, fama, sucesso, sem levar em conta a proximidade com o Criador e o ensinamento de sua vontade para conosco, especialmente, depois da missão de Jesus, amar a Deus acima de todas as coisas e amar ao próximo como a si mesmo? Veja, portanto, a reação de "defesa" do local sagrado, orientando para as atitudes que se devem (ou podem) realizar no ambiente. Sempre, SEMPRE MESMO, a ação de Jesus e suas palavras devem nortear nossa vida cristã. Somente por ele compreendemos a vontade de Deus e o próprio Deus. Somente por ele trilhamos o caminho da construção do Reino de Deus.

Quod Templum Ruit


LEITURAS DEVOCIONAIS
DOMINGO (4mar)
Salmo matutino: 93; 150
Salmo vespertino: 136; 117
Antigo Testamento: Êxodo 18.1-12
Epístola: 1João 2.7-17
Evangelho: Marcos 16.9-20

SEGUNDA-FEIRA (5mar)
Salmo matutino: 97; 145
Salmo vespertino: 124; 115
Antigo Testamento: Êxodo 18.13-27
Epístola: 1Pedro 5.1-14
Evangelho: Mateus (1.1-17) 3.1-6

TERÇA-FEIRA (6mar)
Salmo matutino: 98; 146
Salmo vespertino: 66; 116
Antigo Testamento: Êxodo 19.1-16
Epístola: Colossenses 1.1-14
Evangelho: Mateus 3.7-12

QUARTA-FEIRA (7mar)
Salmo matutino: 99; 147.1-11
Salmo vespertino: 9; 118
Antigo Testamento: Êxodo 19.16-25
Epístola: Colossenses 1.15-23
Evangelho: Mateus 3.13-17

QUINTA-FEIRA (8mar)
Salmo matutino: 47; 147.12-20
Salmo vespertino: 68; 113
Antigo Testamento: Êxodo 20.1-21
Epístola: Colossenses 1.24 - 2.7
Evangelho: Mateus 4.1-11

SEXTA-FEIRA (9mar)
Salmo matutino: 96; 148
Salmo vespertino: 49; 138
Antigo Testamento: Êxodo 24.1-18
Epístola: Colossenses 2.8-23
Evangelho: Mateus 4.12-17

SÁBADO (10mar)
Salmo matutino: 92; 149
Salmo vespertino: 23; 114
Antigo Testamento: Êxodo 25.1-22
Epístola: Colossenses 3.1-17
Evangelho: Mateus 4.18-25


Publicado toda quinta-feira (ou perto disso) por aqui e no Twitter @revsandroxavier.


Imagem: Jesus expulsando os vendilhões (ap. 1570), por El Greco, no National Gallery of Art, em Washington D.C.

Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Por
O calendário litúrgico* Tempos e cores litúrgicas** Rev. Sandro Xavier*** A o longo do tempo, a igreja foi organizando sua forma de seguir o dia litúrgico de maneira que se observe o caminho da história da salvação, o que também guia os cristãos em suas celebrações. O calendário litúrgico adotado pela Família Reformada em todo o mundo pode encontrar algumas variações, mas se apresenta de forma consistente. Ele se divide em três ciclos para os domingos, dedicados às leituras principais dos evangelistas: Ano A (ano de Mateus), Ano B (ano de Marcos), Ano C (ano de Lucas). As leituras de João não ficam de fora, apesar de termos somente três ciclos. Elas são feitas todos os anos, mas concentradas perto do Natal, da Quaresma e da Páscoa. Além disso, também complementam o Ano B, de Marcos, devido a este Evangelho ser mais curto do que os outros. As leituras dominicais têm uma especificidade litúrgica e levam os fiéis a viverem o ano cristão, o ano da igreja, com o direciona...
Postar um comentário
Leia mais
Por
A TOGA ECLESIÁSTICA Rev. Andrés Ayala*  “Que os teus sacerdotes façam sempre o que é certo! Que os teus servos fiéis gritem de alegria!” (Salmos 132.9) A toga é uma veste associada à função de ensino e de jurisprudência em questões espirituais, atribuídas ao pastor. A toga eclesiástica é de uso antigo da igreja e muito utilizada na tradição reformada. Sempre na cor preta, com distintivos conforme o grau acadêmico de quem usa, a toga é constantemente associada ao uso docente, com tipete e capelo. Na liturgia, ela também é designada como veste específica para o pregador. A toga eclesiástica também é utilizada para ocasiões acadêmicas como colação de grau em teologia, ou quando o pastor oficia um culto de colação de grau para qualquer outro curso. A toga não é uma veste sacerdotal. No entendimento da Reforma, sacerdotes somos todos os cristãos pelo batismo. É por isso que,desde o início, os ministros evangélicos deixaram o uso das vestes sacerdotais: talar, estola...
2 comentários
Leia mais
Por
A   p e s c a   m a r a v i l h o s a Pesca milagrosa Sinto-me como Teófilo, o excelentíssimo. Assim chamado pelo evangelista Lucas, companheiro de longos caminhos ao lado do apóstolo Paulo, de quem ouviu sobre Jesus e foi designado que servisse a Teófilo fornecendo a ele uma “narração coordenada dos fatos que entre nós se realizaram, conforme nos transmitiram os que desde o princípio foram deles testemunhas oculares e ministros da palavra” (Lucas 1.1b-2). Isso diante do rico privilégio de ser abençoado pelo Espírito Santo, que se utilizou dessa narrativa a que inspirou por meio desses privilegiados que vivenciaram cada um dos testemunhos ali narrados. É com essa sensação que observo, ao mergulhar no texto, o cenário desenvolvido pela narrativa. Segundo Lucas, Jesus havia debandado para os lados de Genesaré, após quase ser lançado do cimo do monte de Nazaré, sua cidade de origem. Jesus agora se encontra entre os pescadores, homens simples que,...
1 comentário
Leia mais